BLOG DO DR. FREDERICO CHATEAUBRIAND

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sexta-feira, 29 de junho de 2012

REFLUXO



Você acha que seu filho tem refluxo? Tenha calma. Não é qualquer volta de leite que o bebê apresenta que pode indicar que ele tem o problema. "Os adultos confundem a regurgitação comum, que ocorre com cerca de 50% dos bebês e não interfere em seu desenvolvimento, com o refluxo gastroesofágico, que merece atenção médica e, algumas vezes, remédios”, alerta o pediatra Mauro Batista de Morais. E até mesmo alguns médicos vêm fazendo confusão.



A questão é que os pais, ansiosos por natureza, ficam muito preocupados em ver o bebê devolvendo o alimento pela boca. Pensam que ele está doente e sofrendo. Se não encontram pela frente alguém para acalmá-los, tomam atitudes desnecessárias, como medicar o filho com o remédio que a vizinha usa ou trocar o peito pela mamadeira com leite engrossado. “O leite materno é mais leve, por isso mais fácil de voltar. Mesmo assim, é melhor o bebê regurgitar do que perder as vantagens da amamentação”, aconselha Mauro.



O que é comum



A regurgitação ocorre porque a válvula entre o esôfago e o estômago, conhecida como esfíncter esofagiano, ainda está se desenvolvendo. Normalmente, após a

passagem do leite, ele fecha e segura o líquido. Com a imaturidade, o esfíncter relaxa e não faz seu trabalho. Por isso, o retorno de um pouco de leite após a mamada, quando o bebê arrota, ou mesmo um tempo depois em forma de “queijinho” é normal. Trata-se de um tipo de refluxo fisiológico, ou apenas regurgitação, que acontece em algumas ou todas as mamadas. Ela também ocorre porque nem sempre é possível notar que o bebê mamou em excesso e lotou o estômago. Nesse caso, até um arroto mais intenso traz o líquido de volta. Regurgitar não tem nenhuma conseqüência para o bebê e não causa desconforto. Não há remédio que faça o esfíncter amadurecer mais rápido. “O amadurecimento acontece entre os 6 meses e 1 ano. Enquanto isso, é preciso paciência e fraldas extras”, diz o pediatra Glaucio Granja de Abreu.



Algumas condutas podem ser adotadas para diminuir a regurgitação e principalmente acalmar a ansiedade dos pais, que se impressionam com as voltas do leite. Uma delas é respeitar sempre o tempo de cerca de dez minutos para o bebê arrotar, mantendo-o no colo. Outra, na hora de colocar a criança no berço ou no carrinho, é deixá-la um pouco elevada e não totalmente na horizontal, posição que facilita a volta do leite. Se a criança não mama no peito, o leite engrossado com mingaus também diminui a regurgitação, mas essa medida deve ser orientada pelo pediatra.



6 segredos das crianças que quase nunca ficam doentes

Você, certamente, conhece alguém que tenha uma saúde de ferro. Sabe aquela pessoa que quase nunca fica resfriada, mesmo após tomar um banho de chuva e ficar horas com a roupa molhada no corpo? Ou, então, pode comer qualquer coisa que (quase) nada faz mal? Qual será o segredo dela? CRESCER conversou com o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para descobrir o que você pode fazer para que para dar uma reforçada na saúde do seu filho. Os segredos, como você vai ver, são simples e os resultados, bem duradouros. Vale a pena tentar. Confira



Ser amamentada com leite materno até os 6 meses

É o alimento mais completo que você pode oferecer ao seu filho. Só ele é capaz de suprir todas as necessidades de nutrientes e sais minerais do seu bebê até os 6 meses. Colabora para a formação do sistema imunológico da criança, previne muitas doenças, como alergias, obesidade, anemia, intolerância ao glúten etc. Segundo Fisberg, novas pesquisas mostram que as crianças amamentadas com leite materno crescem e ganham peso mais devagar, o que ajuda a prevenir o excesso de peso, um problema que vem aumentando entre as crianças ultimamente.

Ter uma alimentação variada

Seguir uma dieta rica em nutrientes garante que o estado nutricional da criança se mantenha dentro do esperado, nem abaixo nem acima. É por meio de uma alimentação variada que a criança consegue suprir todas as suas necessidades de ferro, proteína, cálcio, fibras, vitaminas e minerais. “Carnes, especialmente as vermelhas, oferecem nutrientes importantes para o desenvolvimento das crianças e são absorvidos facilmente pelo organismo”, diz Fisberg. É importante incluir também vegetais verde-escuros, vermelhos e laranjas, para garantir as vitamina A e D. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a introdução de novos alimentos na dieta do bebê deve acontecer a partir do 6o mês, principalmente daqueles considerados alérgenos, como o ovo, peixe, amendoim e cerais. Isso porque nessa fase o sistema imunológico ainda está em formação, o que diminui o risco de reações alérgicas.

Tomar vacinas

O calendário brasileiro de vacinação é um dos mais completos do mundo. Por isso, deixar de proteger o seu filho está fora de questão. Ao manter a caderneta de vacinação da criança em dia, você garante não apenas a saúde dela, mas da população ao redor e ajuda a diminuir a mortalidade infantil. “Sem as vacinas, ainda morreríamos de sarampo e rubéola”, diz a pediatra Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações.


Brincar mais ao ar livre

É dessa forma que seu filho vai trocar o ar dos pulmões, ter contato com o sol - para aumentar a produção da vitamina D no organismo - e até com novas bactérias que vão ajudá-lo a fortalecer o sistema imunológico.

Dormir bem
Uma boa noite de sono é fundamental para o seu filho estar disposto para mais um dia pela frente. Só que, para isso, ele precisa ter uma rotina saudável, o que inclui horários para comer, dormir, estudar, praticar atividades físicas. Isso tudo vai impactar diretamente na saúde da criança. Vale reforçar aqui que estudos já mostraram que a privação de sono aumenta o risco de obesidade.

Lavar as mãos

Simples e eficaz. Lavar as mãos com água e sabão é uma das formas de evitar o contágio de doenças infectocontagiosas. Segundo a Unicef, no Brasil, lavar as mãos, principalmente após usar o banheiro, antes de comer e depois de brincar ao ar livre, ajuda a reduzir em mais de 40% os casos de doenças diarreicas, e em quase 25% os casos de infecções respiratórias. Anotou?





quinta-feira, 28 de junho de 2012

DOR DE OUVIDO

O ouvido tem três partes: uma é o conduto onde se forma a cera, depois tem o tímpano e a parte mais interna, que é o ouvido médio. Em geral, a otite é o resultado de um resfriado, gripe ou rinite alérgica que acumulou secreção no ouvido médio, causando a otite mais comum. Já a infecção no ouvido externo acontece por causa de umidade e é mais branda.




“Cerca de 70% das crianças manifestam, pelo menos, um episódio de otite até os 5 anos”, explica Daniel Okada, otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia. O primeiro sintoma é uma dor constante e intermitente que piora quando se comprime o ponto situado logo à frente do pavilhão da orelha. A dor pode irradiar-se para o pescoço ou para a cabeça do mesmo lado do ouvido afetado.



No caso da otite média, boa parte do tratamento é feito com antibióticos. Na otite externa o tratamento é feito com remédios não tao fortes para amenizar os sintomas, geralmente pingando gotas receitadas pelo médico.



PREVENÇÃO
Nos dois primeiros anos de vida, é preciso evitar amamentar quando a criança estiver deitada. Nessa posição é frequente uma pequena quantidade de leite se infiltrar no conduto auditivo, causando inflamação. Manter os filhos longe de pessoas fumantes também evita a ocorrência de problemas no ouvido - e, com certeza, de muitos outros.



Para evitar a otite externa é preciso secar bem os ouvidos depois do banho e de atividades aquáticas. Vale lembrar que esse procedimento deve ser feito com a própria toalha e não com cotonetes ou qualquer outro instrumento que possa empurrar a cera para os tímpanos. “Cera não é sujeira, mas uma proteção que o organismo criou para cuidar do canal auditivo. O próprio ouvido renova essa proteção e coloca o excesso para fora”, completa Daniel Okada.



E, para quem pensa que a utilização de proteção nos ouvidos durante as aulas de natação funciona como mais uma forma de prevenção à otite, o especialista alerta: “O uso dessa proteção não influencia em nada. Serve somente para aqueles que têm doenças crônicas de ouvido ou uma sensibilidade aumentada no contato com água”. Nestes casos, o mais indicado são os protetores de silicone, que se moldam ao canal auditivo e não ficam presos dentro do ouvido, como poderia acontecer com um pedaço de algodão, por exemplo.



EXISTE VACINA?
É possível auxiliar o organismo na luta contra a bactéria hemófilos influenza - uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento de infecções de ouvido, nariz e, até mesmo, do sistema respiratório. O calendário de vacinação é composto por vacinas que protegem a criança desta bactéria e, consequentemente, da otite. “Muitas vezes, a aplicação das defesas não evita que as crianças desenvolvam infecções de ouvido, mas diminui as chances destas infecções evoluírem para problemas mais sérios como a meningite”, explica Fernando Pochini Sobrinho, otorrinolaringologista do Hospital São Luiz, em São Paulo.



Na tentativa de tornar essa vacina específica menos dolorida para as crianças, pesquisadores do Nationwide Children’s Hospital de Columbus, em Ohio, desenvolveram uma forma de vacinação cutânea - sem agulhas. Os testes iniciais foram feitos com chinchilas. Durante os experimentos, os cientistas aplicam uma gota da vacina na parte externa da orelha das cobaias e, em seguida, friccionam. As células sob a superfície da pele absorvem a vacina e a transmitem para os órgãos linfóides, que geram uma resposta imune que reduz a presença da ameaça bacteriana no organismo. Apesar de animadora para a população, a pesquisa ainda está em estágio inicial.



“Existem vacinas sublinguais que são vendidas em laboratórios, mas não há uma concordância em relação ao seu uso. Alguns estudiosos acreditam que a saliva degrada o efeito da substância, o que não aconteceria no caso da aplicação cutânea sugerida pelos cientistas de Ohio”, conta Fernando Pochini Sobrinho.





Detalhes sobre a dor de ouvido



- A dor tende a ser maior quando há acúmulo de secreção na parte mais interna;



- A caminho do médico, uma fralda aquecida com ferro de passar pode ser colocada sobre a orelha. O calor age como anti-inflamatório e pode aliviar a dor por algum tempo;



- Nada de azeite aquecido, álcool ou leite materno para tratar uma otite. Isso favorece o acúmulo de secreções e o caso pode ficar mais complexo.



Fonte: José Carlos Burlamaqui, otorrinolaringologista do Hospital Santa Catarina (SP)







quarta-feira, 27 de junho de 2012

RESFRIADO, GRIPE OU ALERGIA?

Atchiiiim! Seu filho espirra e você já se pergunta: será que é gripe? Mas o sintoma também é comum em alergias e resfriados. Como saber a diferença? A gripe é causada pelo vírus influenza A e B, que sofre mutações sazonais. Já o resfriado é causado pelo rinovírus em 70% dos casos. E são mais de 100 tipos, daí a dificuldade de se desenvolver uma vacina. Ambos são bastante contagiosos, sendo transmitidos até por gotículas de saliva. Estudos mostram, porém, que a principal via de transmissão dos vírus do resfriado e da gripe é manual. A criança espirra sobre um brinquedo e, minutos depois, outra toca no lugar e leva a mão ao nariz ou à boca. Contágio feito!




Na grande maioria dos casos, o resfriado afeta nariz, ouvido ou garganta, provocando coriza, irritação das mucosas, tosse, espirros e, às vezes, a criança pode ter febre baixa. Se for gripe, os sintomas costumam ser mais intensos e incluem febre alta, dores musculares, cansaço e dificuldade para respirar, situação em que a criança deve ser levada ao médico assim que possível para verificar se existem outras doenças associadas.


Já as alergias - respostas do organismo a substâncias consideradas alérgenas - muitas vezes se confundem por apresentarem quatro dos principais sintomas de gripes e resfriados: coriza, espirros, prurido (mais ralo e incolor, ao contrário do produzido em casos de gripes e resfriados, mais amarelados ou esverdeados) e obstrução nasal. Ao contrário de gripes e resfriados, são causadas pelo contato direto com a substância que causa a irritação e não causam febre e mal-estar generalizado.



Olavo Mion, otorrinolaringologista da Academia Brasileira de Rinologia (ABR), aponta uma maneira que pode sugerir a hipótese de uma alergia: "A alergia se manifesta toda vez em que a criança entra em contato com o alérgeno que, em casos de rinite alérgica, pode ser ácaro e poeira, pelos de animais, pólen ou fungos. As gripes e resfriados são mais esporádicas e, depois que se manifestam, não costumam acontecer em seguida. Se os sintomas se repetirem diversas vezes em um curto período de tempo, pode ser sinal de reação alérgica”.



Como tratar

O tratamento no caso de gripes e resfriados tem como objetivo aliviar os sintomas, pois em geral a cura é espontânea. Durante o período em que seu filho estiver doente, ele pode perder o apetite. Isso é normal! O importante é mantê-lo hidratado. Ofereça sucos, água, chás. Estimule também a criança a assoar o nariz várias vezes ao dia, e faça lavagem com soro fisiológico. No caso de febre, controle com banhos ou antitérmicos. E lembre-se: nunca use nenhuma medicação no seu filho sem que antes tenha conversado com o médico dele.



No caso de alergias, é necessário procurar um especialista para identificar o causador da irritação e poder, então, eliminá-lo. Além disso, antialérgicos aliviam os sintomas e diminuem o incômodo. “Lavar olhos e nariz com soro fisiológico é uma maneira simples de ajudar no tratamento e na prevenção de alergias”, complementa Mion.


Como prevenir



A proliferação de gripes, resfriados e, principalmente, alergias, estão diretamente relacionadas a qualidade do ar atmosférico. O ar que é mais saudável para o ser humano é limpo, mais quente, mais úmido. Nos dias mais frios, o clima está mais seco e, por isso, mais poluído. Como as vias respiratórias ficam sobrecarregadas – porque o ar que chega ao nariz e aos pulmões estão com uma qualidade pior – o corpo fica mais suscetível a infecções. Abaixo, você confere dicas para prevenir contaminações:



- Evite levar seu filho a locais fechados e com aglomerações, como shoppings e buffets;



- Estimule as crianças a lavar as mãos várias vezes ao dia;



- Aplique soro fisiológico no nariz de seu filho pelo menos 4 vezes ao dia para evitar o ressecamento da mucosa ou o “entupimento” nasal;



- Ofereça bastante líquido às crianças para que elas fiquem hidratadas e possam enfrentar o tempo seco com mais facilidade;



- Mantenha a casa sempre limpa e arejada;



- Se for usar um umidificador, fique atenta e monitore-o para ter certeza de que o local não está ficando, ao contrário do que se quer, úmido demais, favorecendo a proliferação de fungos.



Fugindo da alergia

No período em que a criança estiver gripada, algumas atitudes podem melhorar os sintomas. Essas ações também são aconselháveis para os alérgicos.



- Limpe a casa com pano úmido e aspirador de pó diariamente. As vassouras levantam poeira;



- Troque as roupas de cama da criança duas vezes por semana;



- Retire tapetes, carpetes e bichos de pelúcia do quarto de seu filho;



- Não entulhe coisas em estantes, para evitar o acúmulo de poeira;



- Os pelos dos animais são agentes agressores ao sistema respiratório, principalmente de quem tem asma, rinite ou está gripado. Por isso, antes de adotar um animal de estimação, melhor conversar com o pediatra e, se for o caso, escolher uma raça ou bicho que cause menos alergia.

FONTE: REVISTA CRESCER

quinta-feira, 21 de junho de 2012

SEMÁFORO SONORO

Tem-nos preocupado muito as dificuldades enfrentadas por deficientes em nosso Município. Por isso, apresentamos vários Projetos de Lei visando sanar as dificuldades observadas diariamente ou apresentadas por amigos ao Gabinete. Um destes Projetos torna obrigatória a instalação de semáforos sonoros para deficientes visuais nas principais vias do município, e aos sinais de acesso à Shoppings, prédios públicos, hospitais, escolas, etc. Já utilizado em várias cidades do Brasil e do mundo, o semáforo sonoro confere ao deficiente visual mais independência e segurança. Hoje, para realizar esta atividade tão corriqueira na vida de qualquer pessoa, que é atravessar uma rua, o deficiente visual precisa contar com a ajuda de terceiros, isso quando há pessoas por perto para tal. A manutenção dos direitos de cada cidadão é uma prioridade para nós. E respeitar o direito de ir e vir dos deficientes visuais faz parte disso.


 


quarta-feira, 20 de junho de 2012

Marcha do Parto em Casa mobilizou mais de 5 mil mulheres em todo o país

Mulheres em diversas cidades do Brasil realizaram no último fim de semana (16 e 17 de junho) uma marcha em defesa do direito da gestante escolher o local do parto. Batizada de Marcha do Parto em Casa, a iniciativa foi organizada após o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) publicar uma nota afirmando que denunciaria o médico-obstetra e professor da Unifesp, Jorge Kuhn, ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Em 10 de junho, Kuhn apareceu em uma reportagem do programa Fantástico defendendo a realização do parto no domicílio da gestante, desde que ela esteja saudável e tenha uma gravidez de baixo risco.




A nota da Cremerj foi divulgada na segunda-feira (11). Nela, o órgão se posicionou contra a realização de partos domiciliares, sob a justificativa de que “são muitas as complicações possíveis durante um trabalho de parto” e que elas “demandam atendimento médico imediato, em local equipado e com uma equipe preparada para enfrentá-las”. O Conselho defende que o local adequado para o parto é a maternidade e afirma que o Conselho Federal de Medicina (CFM) acompanha seu posicionamento.



Segundo a obstetra Vera Lúcia Mota, vice-presidente do Cremerj, só é possível afirmar que um parto foi de baixo risco e não apresentou intercorrências 24 horas após o nascimento da criança. “Antes desse período, a mãe e o bebê podem ter problemas, como sangramento, por exemplo”, alerta Mota.



Diante da posição do Conselho, mulheres e entidades de diversos estados do país que defendem o parto em casa começaram a se articular para realizar a marcha em repúdio à decisão do Cremerj. Entre as reivindicações, além da defesa pelo direito à liberdade de escolha do local do parto, estão a melhoria das condições da assistência obstétrica e neonatal no país e a divulgação das altas taxas de cesarianas no Brasil. A Organização Mundial de Saúde recomenda que a taxa de cesáreas represente de 10 a 15% dos partos realizados no país, mas no Brasil essa porcentagem alcançou 52% em 2011.


  Mauro Vieira
Para Vera, esse tipo de movimento faz com que os governantes acreditem que o parto domiciliar seja a solução de todos os problemas e, por isso, desistam de investir em maternidades. Ela contou ainda que uma nova resolução vai punir médicos que se programarem para fazer partos domiciliares caso a gestante ou a criança apresentem algum tipo de problema.



Segundo Daphne Ratner, professora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília e presidente da ReHuNa (Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento), uma das entidades envolvidas na organização da marcha, ao condenar os partos domiciliares o Cremerj está ignorando as pesquisas mais recentes sobre o assunto. Uma delas, publicada em 2009 no International Journal of Obstetrics & Gynaecology, analisou 529.688 partos de baixo risco na Holanda (163 mil feitos no hospital e 321 mil em casa) e concluiu que o parto em casa não está associado à maior mortalidade infantil. “A mensagem da marcha é que nós, mulheres, podemos escolher como queremos o nosso parto. Afinal, o corpo, o filho e o parto são nossos.”



O Cremerj tem opinião oposta sobre os estudos científicos. “As pesquisas foram feitas na Holanda e, infelizmente, não podemos comparar a estrutura de saúde desse país com a do Brasil”, diz Mota. E você? O que acha dessa discussão? Deixe a sua opinião!

FONTE: REVISTA CRESCER

segunda-feira, 18 de junho de 2012

INFECÇÃO URINÁRIA - será que seu filho tem "refluxo do xixi"?

Que mãe ainda não ouviu falar sobre refluxo? Quando a palavra surge em uma conversa, logo vêm à mente o problema do gastroesofágico, no qual o bebê ou a criança apresentam como principal sintoma a regurgitação. Mas um outro tipo de refluxo, bastante comum, mas ainda pouco diagnosticado, também exige a atenção de pais e mães: é o refluxo vésico-ureteral, que também pode ser chamado de refluxo do xixi.




Todos possuímos uma espécie de válvula anatômica que faz com que a urina que vem dos rins, siga pelos ureteres e desemboque na bexiga. Mas, quando esta válvula não funciona direito, o xixi acaba voltando pelo caminho de onde veio, e acaba se depositando nos ureteres e também nos rins, causando o refluxo. Com isso, e com o tempo, as bactérias presentes na urina podem causar o que os médicos chamam de infecções urinárias de repetição. Além da gravidade de cada infecção urinária, está o fato de que, até os 5 anos, essas infecções podem causar cicatrizes nos rins, comprometendo o funcionamento e a anatomia deste órgão de forma irreversível. Por isso, se seu filho tem infecções urinárias com frequência, é importante procurar por um especialista, o nefropediatra (que é o nefrologista infantil), para investigar os motivos.



Muitas vezes, as mães sequer desconfiam da existência do problema, e acabam

achando que as seguidas infecções urinárias podem ser fruto de algum descuido,

ou do fato da criança ainda não conseguir se limpar corretamente, por exemplo.

“Normalmente os diagnósticos de refluxo aparecem em crianças pequenas,

principalmente em meninas, por conta da anatomia feminina, já que nelas a uretra

é mais curta e mais difícil de limpar”, afirma Claudia Leonardi, psicóloga do

Ambulatório de Distúrbios Miccionais da Unifesp. As meninas têm duas vezes mais

chances de ter o problema do que os meninos.



Possíveis causas



O refluxo vésico-ureteral geralmente é um problema congênito (fruto de uma

má-formação), mas pode também ter origem genética e até mesmo ser motivado por

um desfralde precoce. Além disso, o refluxo pode acontecer em apenas um ou nos

dois rins. E o problema pode ter cinco graus: do 1 (refluxo só no ureter)

até o 5 (refluxo até o rim, causando intensa dilatação renal e tortuosidade dos

ureteres).



O refluxo é detectado por um exame chamado uretrocistografia miccional, que é

uma espécie de raio-X com contraste. “Muitas vezes a infecção urinária deixa de

ser diagnosticada ou é tratada como uma virose. Além disso, existe uma certa

resistência ao diagnóstico deste tipo de refluxo por conta da realização da

uretrocistografia, que pode ser um exame desconfortável”, afirma Ana Paula

Brecheret, nefropediatra dos Hospitais Sabará e São Paulo.



Como é o tratamento



Os tratamentos vão desde uma reeducação dos hábitos, ensinando a criança a fazer

uma "forcinha' ao final de cada xixi, uma espécie de "fisioterapia" para

aumentar a força da musculatura, até o uso de antibióticos, em doses reduzidas,

por alguns meses ou anos, a fim de evitar as infecções. “O tratamento do refluxo

deve ser individualizado, e leva-se em consideração o sexo, a idade, o grau de

refluxo, a forma de manifestação, o comprometimento renal no início do

tratamento e a disponibilidade dos pais em realizar um acompanhamento de longo

prazo”, afirma Ana Paula. E, em casos extremos, em que os remédios não conseguem

combater as infecções, e em crianças maiores de 5 anos, pode ser indicada a

cirurgia.



Segundo a psicóloga Claudia, é fundamental envolver a criança no tratamento.

“Mesmo as menores têm boa capacidade em compreender o que está acontecendo e a

participação delas em todo o processo é essencial. Utilizando termos simples e

uma linguagem que elas entendam, tudo fica mais fácil”, explica. O especialista pode também utilizar técnicas de reforço, utilizando tabelas com adesivos, com carinhas alegres quando a criança consegue realizar o que foi solicitado”, diz a psicóloga.



FONTE: Revista Crescer

quinta-feira, 14 de junho de 2012

COMO GARANTIR A SEGURANÇA DO SEU FILHO DE 1 À 4 ANOS

À medida que os filhos crescem, aumentam também os riscos. Isso porque, além de se tornarem mais independentes (nenhuma quer saber de colo depois que aprende a andar!), a curiosidade cresce na mesma proporção.




Segundo dados do Ministério da Saúde, os acidentes fatais mais comuns de 1 a 4 anos, por ordem de incidência, são: quedas, asfixia, sufocação, afogamentos, intoxicações, choques elétricos e traumas. “As quedas correspondem a maioria dos incidentes, não só porque a criança ganha mais autonomia nessa idade”, diz Alessandra Françóia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura. “Mas também porque a cabeça continua mais pesada do que o resto do corpo, o que favorece o desequilíbrio.”



Explorar o ambiente faz parte do desenvolvimento na infância. Por isso, para garantir a segurança do seu filho, o lar deve ser adaptado. E os pequenos precisam de supervisão sempre, dentro e fora de casa. Mesmo que seu filho demonstre confiança para andar, correr, brincar, ele ainda não tem noção do perigo. O principal vacilo dos pais é acreditar que os acidentes graves só acontecem nas outras famílias. “Um erro que coloca as crianças em risco”, diz Alessandra.



Para saber como proteger o seu filho, veja o nosso pronto-socorro online, com dicas sobre prevenção e primeiros-socorros:



- Quedas: representam 50% dos acidentes que envolvem crianças, sendo que a maioria acontece em casa;



- Asfixia e sufocação: a desobstrução das vias aéreas é a primeira causa de morte por acidente em crianças de até 1 ano;



- Afogamentos: Os riscos não são apenas para quem tem piscina em casa ou está passando férias na praia. As crianças, principalmente os menores de 2 anos, também podem se afogar na banheira, no vaso sanitário, em cisternas ou mesmo num balde cheio d’água.



- Intoxicações: aproximadamente 26 mil crianças são vitimas de envenenamento no Brasil todos os anos. Dessas, cerca de 1200 vão parar no hospital e 75 morrem. Medicamentos são os campeões dos acidentes.



- Choques elétricos: A principal medida é usar protetores de tomadas nos primeiros anos de vida da criança. Mas brincadeiras ao ar livre, como empinar pipas ou tomar banho de chuva, também oferecem riscos.



- Traumas: A maioria das quedas, felizmente, deixa apenas roxos e arranhões. Mas é preciso ficar atento a alguns sintomas. Inchaço, dor intensa e limitação dos movimentos podem indicar algo mais grave.



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Gagueira - quando deve-se buscar tratamento

Cada criança tem seu tempo para desenvolver a fala. E, em média aos 3 anos, ela já conversa sem grandes problemas de vocabulário. Mas há aquelas que por volta dessa mesma idade apresentam distúrbio de fluência, com repetições (ca-casa), alongamentos (sssssapo) ou bloqueios de sons ou sílabas - é a gagueira, também chamada de disfluência fisiológica. Nesta fase, é comum que os pensamentos sejam mais rápidos do que a capacidade de falar, por isso a criança repete sílabas e palavras.







A tendência é que esse desvio desapareça até os 5 anos, mas você pode ajudar. Ouça seu filho com calma e paciência, sem chamar a atenção para este comportamento ou pedir para ele falar mais devagar - isso só vai fazer com que ele se senta inadequado e ache que está com algum problema. Só é caso de tratamento se a criança ainda gaguejar com cerca de 5 anos, quando é preciso fazer terapia com um fonoaudiólogo especializado no assunto.

 


Diagnóstico e tratamento






A gagueira é um distúrbio com base neurológica. Ou seja, o cérebro tem dificuldade de controlar os movimentos automáticos da fala espontânea. “Ela é involuntária. A pessoa não gagueja porque quer ou porque não tem força de vontade para controlar sua fala”, diz Ignês Maia Ribeiro, fonoaudióloga e presidente do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF). E há influência da genética. Cerca de 55% das pessoas que gaguejam têm alguém da família com gagueira. Porém, mesmo com essa herança ela pode ou não se manifestar.




Com diagnóstico muitas vezes negligenciado, segundo a especialista, há pais que não tomam nenhuma atitude quando percebem que o filho é gago, por achar que o problema vai se resolver com o tempo, ou ainda pressionam a criança para que fale sem gaguejar. Isso pode piorar a situação. Há mitos que precisam ser derrubados: insegurança, timidez, nervosismo ou ansiedade não causam gagueira.






Identificar quando o filho tem problema de fala é fácil. “Repetições, alongamentos e bloqueios são perceptíveis, principalmente se vêm acompanhados de falta de sincronia com a respiração, ou com movimentos faciais que mostrem esforço na produção dos sons da fala”, diz Ignês.






De acordo com a fonoaudióloga, tratar a gagueira assim que a criança começa a apresentar o distúrbio permite 98% a 100% de recuperação. Procurar o quanto antes um profissional especializado em distúrbios da fluência, que vai traçar o tratamento dependendo de cada caso, evita que a criança tenha de enfrentar o preconceito que existe até hoje.



terça-feira, 12 de junho de 2012

TESTE DO PEZINHO

Sabe aquela picadinha no pé do seu filho assim que ele nasce? É o teste do pezinho. Segundo dados divulgados no último dia 6 pelo Ministério da Saúde, todos os estados brasileiros contam com postos de coleta de sangue para realização do teste. Em oito anos, foram realizados pelo SUS mais de 19 milhões de exames.


O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), que realiza o teste do pezinho, alcançou 83% de cobertura entre as crianças que nasceram no ano passado. Em 2000, o índice de cobertura nacional era de 56%.

Mas você sabe por que esse exame é indispensável? Vamos explicar:

O teste básico é obrigatório e gratuito no Brasil desde 1992. Ele engloba as doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística.

Na rede privada, a maioria das maternidades oferece o teste do pezinho ampliado (chamado de mais ou super), que pode contemplar entre 10 e 46 doenças, entre elas infecções congênitas e toxoplasmose congênita. Há ainda o teste personalizado, realizado de acordo com a orientação do médico e a necessidade do paciente. Em algumas maternidades, o exame é gratuito, em outras, chega a custar até R$ 325, segundo a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que introduziu o exame no país em 1976.
Em nota, o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, diz que o teste do pezinho é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de algumas doenças a tempo de interferir na evolução delas por meio do tratamento específico.
Como é feito

Para o teste, é coletada uma amostra de sangue do calcanhar do bebê, daí o nome popular para essa triagem neonatal, e colocada num papel tipo mata-borrão para então ser encaminhado ao laboratório. Esse procedimento deve ser feito até 48 horas depois do nascimento, desde que o bebê tenha mamado. “Prematuros, porém, devem voltar ao hospital após 30 dias para uma nova etapa de exames”, diz Renato Kfouri, neonatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM).

O resultado pode demorar até 30 dias, e é fundamental que os pais se informem no hospital como devem fazer para obter o resultado. Caso haja alguma alteração, será solicitada uma nova coleta de sangue. “O que pode acontecer, por exemplo, é o primeiro teste indicar um resultado falso positivo e, no segundo, dar tudo normal”, diz Renato.
 Shutterstock
Não é só no pezinho...

Esse teste á uma coleta de sangue, por isso pode ser feita em outras partes do corpo, como no braço. O exame ganhou este nome porque, nos primeiros programas de triagem neonatal, a coleta era feita na parte lateral do pé do bebê, que é mais irrigada e dói menos.

As doenças diagnosticadas na versão básica do teste

Fenilcetonúria (PKU)

Causada pela deficiência no metabolismo do aminoácido fenilalanina. O acúmulo no organismo pode causar deficiência mental.

Frequência: 1 para cada 15 mil nascidos vivos

Hipotireoidismo Congênito (TSH T4)

Causada insuficiência do hormônio da tireoide. A falta de tiroxina pode causar retardo mental e comprometimento do desenvolvimento físico

Frequência: 1 para cada 4 mil nascidos vivos

Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias

Alteração da hemoglobina que dificulta a circulação, podendo afetar quase todos os órgãos. Pode causar anemia, atraso no crescimento e dores e infecções generalizadas. É incurável.

Frequência: 1 para cada 400/1.000 nascidos vivos
Fibrose Cística (IRT)

Ocorre aumento da viscosidades das secreções, propiciando as infecções respiratórias e gastrointestinais. Ataca pulmões e pâncreas. É incurável.

Frequência: 1 para cada 2.500 (brancos)/17 mil (negros)/90 mil (amarelos)



Dados: APAE SP



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Tapete de Corpus Christi em São Gonçalo - O MAIOR DA AMÉRICA LATINA.

No dia 7 de junho foi comemorado o Feriado Católico de Cosrpus Christi em todo o mundo, onde os fiéis confeccionam tapetes de sal para celebrar a presença de Jesus Crsito na Eucaristia.
Em São Gonçalo, o maior tapete da América Latina foi construído na noite de quarta-feira. Por volta das 22h, os 241 tapetes começaram a ser montados na principal via da cidade, a Rua Dr. Feliciano Sodré. Para completar toda a extensão do tapete, cerca de 1,5 km, foram utilizados 200 sacos de serragem de 100 litros e inúmeros tubos de tinta xadrez, além de 50 toneladas de sal. Cada parte do tapete exigiu a atenção de aproximadamente 15 pessoas, em um total de três a quatro horas.
Abaixo algumas imagens dos tapetes e da Procissão, realizada após missa celebrada pelo Arcebispo de Niterói, Dom José.









sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cuidados ao introduzir papinhas para os bebês

A partir dos seis meses, os bebês já podem comer papinhas, mas tome cuidado com o preparo




Amamentar é fundamental, mas, a partir dos seis meses, os bebês podem começar a se alimentar com papinhas e outros alimentos, sejam eles comprados prontos ou feitos em casa.



Nos dois casos, é importante que você preste atenção na composição e no preparo destes alimentos. As novas refeições dos pequenos não devem ter sal ou conservantes, já que, nesta fase, o sistema digestivo dos bebês ainda não está totalmente formado.



Confira algumas sugestões de produtos para alimentação do seu pequeno



Evite também dar ao seu filho alimentos que possam causar alergias ou problemas gastro-intestinais, como açúcar, ovo, refrigerantes, frituras, embutidos, adoçantes e alimentos condimentados.



Se a refeição foi feita em casa, opte por legumes, frutas e grãos que a família está acostumada a consumir. Tubérculos como mandioquinha, batata e inhame dão energia, enquanto abobrinha, espinafre, couve, cenoura, chuchu, brócolis e couve-flor são fontes de vitaminas e minerais. Os grãos, carne de boi e ave dão as proteínas necessários ao pequeno.



Doce ou salgada



Você pode oferecer até três refeições por dia ao pequeno, no meio da manhã, almoço e durante a tarde. Intercale os sabores das papinhas, dando preferência pelas salgadas no horário do almoço e do jantar, a partir dos 8 meses.



Preste atenção também na consistência dos alimentos. As papinhas devem ser líquidas e pastosas, e só devem se tornar mais sólidas quando surgirem os primeiros dentes do bebê, para estimular a mastigação e deglutição dos alimentos.





TIRINHA