BLOG DO DR. FREDERICO CHATEAUBRIAND

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Gagueira - quando deve-se buscar tratamento

Cada criança tem seu tempo para desenvolver a fala. E, em média aos 3 anos, ela já conversa sem grandes problemas de vocabulário. Mas há aquelas que por volta dessa mesma idade apresentam distúrbio de fluência, com repetições (ca-casa), alongamentos (sssssapo) ou bloqueios de sons ou sílabas - é a gagueira, também chamada de disfluência fisiológica. Nesta fase, é comum que os pensamentos sejam mais rápidos do que a capacidade de falar, por isso a criança repete sílabas e palavras.







A tendência é que esse desvio desapareça até os 5 anos, mas você pode ajudar. Ouça seu filho com calma e paciência, sem chamar a atenção para este comportamento ou pedir para ele falar mais devagar - isso só vai fazer com que ele se senta inadequado e ache que está com algum problema. Só é caso de tratamento se a criança ainda gaguejar com cerca de 5 anos, quando é preciso fazer terapia com um fonoaudiólogo especializado no assunto.

 


Diagnóstico e tratamento






A gagueira é um distúrbio com base neurológica. Ou seja, o cérebro tem dificuldade de controlar os movimentos automáticos da fala espontânea. “Ela é involuntária. A pessoa não gagueja porque quer ou porque não tem força de vontade para controlar sua fala”, diz Ignês Maia Ribeiro, fonoaudióloga e presidente do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF). E há influência da genética. Cerca de 55% das pessoas que gaguejam têm alguém da família com gagueira. Porém, mesmo com essa herança ela pode ou não se manifestar.




Com diagnóstico muitas vezes negligenciado, segundo a especialista, há pais que não tomam nenhuma atitude quando percebem que o filho é gago, por achar que o problema vai se resolver com o tempo, ou ainda pressionam a criança para que fale sem gaguejar. Isso pode piorar a situação. Há mitos que precisam ser derrubados: insegurança, timidez, nervosismo ou ansiedade não causam gagueira.






Identificar quando o filho tem problema de fala é fácil. “Repetições, alongamentos e bloqueios são perceptíveis, principalmente se vêm acompanhados de falta de sincronia com a respiração, ou com movimentos faciais que mostrem esforço na produção dos sons da fala”, diz Ignês.






De acordo com a fonoaudióloga, tratar a gagueira assim que a criança começa a apresentar o distúrbio permite 98% a 100% de recuperação. Procurar o quanto antes um profissional especializado em distúrbios da fluência, que vai traçar o tratamento dependendo de cada caso, evita que a criança tenha de enfrentar o preconceito que existe até hoje.



2 comentários:

  1. Parabéns pelo Blog. Mais um canal de comunicação com o Dr. Frederico.

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