BLOG DO DR. FREDERICO CHATEAUBRIAND

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terça-feira, 23 de março de 2010

A PELE DO BEBÊ

Sempre uma referência clássica em delicadeza, a pele do recém-nascido é muito mais forte do que parece. Tem um sistema de defesa antibacteriano que a protege contra infecções nos primeiros dias de vida, constataram cientistas suecos em um estudo recentemente publicado no British Journal of Dermatology. Essa proteção é formada antes de o bebê nascer, pela camada branca e gordurosa que o reveste dentro do útero. E explica uma reação na pele dos recém-nascidos, muito comum nas primeiras 24 a 48 horas após o nascimento, que costuma deixar as mães preocupadas. A pele fica cheia de manchinhas avermelhadas, às vezes acompanhadas de pequenas bolhas d’água. "É o eritema tóxico. Antes se achava que o eritema era provocado por uma reação imediata da pele do bebê a substâncias estranhas do ambiente, por alteração da temperatura do meio intra-uterino ou pelas células de defesa da mãe passadas ao bebê", explica a dermatologista Francisca Regina Carneiro, coordenadora do departamento de Dermatologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Dermatologia. "Essa barreira natural protegeria especialmente a pele dos recém-nascidos que precisam, por exemplo, ficar na UTI", diz a médica. Pré-defesa Para a dermatologista Luciana Baptista Pereira, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, o estudo sueco ainda não é conclusivo. "O número de crianças avaliadas foi pequeno e não permite uma avaliação estatística segura." Ela ressalta que a hipótese de que o bebê tenha mesmo essa proteção natural é muito positiva. É que substâncias antibióticas fazem parte da nossa proteção cutânea, mas só começam a se formar após o nascimento, quando colônias de bactérias crescem na pele para desenvolver aos poucos uma flora bacteriana. "O estudo indica que a criança tem uma proteção anterior a esse processo, que impediria a colonização de bactérias agressivas, que poderiam causar infecções graves", assegura. Cuidados em casa Fraldas: Trocar freqüentemente, cerca de oito fraldas por dia, para evitar assaduras. Algumas crianças têm alergia ao gel da fralda. Se houver irritação, procure um médico. Limpeza: Na troca de fralda, limpe a criança com água fervida, em temperatura morna, com algodão. Use sabão só quando houver resíduo fecal. No umbigo, utilize álcool absoluto e não iodado, que também pode ser tóxico. Brotoejas: Para evitá-las, não coloque roupas escuras e de tecidos quentes no bebê, especialmente no verão. Produtos: Evite aplicar sem orientação médica. Algumas substâncias, como a uréia, encontradas nos hidratantes, podem ser tóxicas para o bebê. Banhos: Não devem ser freqüentes. O ideal é um por dia. Crostas: Aparecem no couro cabeludo e não devem ser cutucadas para não provocar infecções. Desaparecem naturalmente. Sol: Evite expor o bebê, principalmente das 10 às 15 horas. Até 6 meses de idade, não é recomendado o uso de filtro solar. Depois, recomendam-se filtros físicos, mais espessos, com fator a partir de 30.
FONTE: Revista Crescer, Editora Globo.

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